segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

137 ANOS E A NOÇÃO DE DISTÂNCIA


A noção de distância mudou, e muito, com a chamada civilização. Leiam o texto acima, publicado no jornal A Provincia de S. Paulo (desde 1889, "O Estado de S. Paulo") de 23 de outubro de 1877.

Algum leitor, ou mesmo redator, do jornal, acusava a Companhia de Bondes (que, na época, eram todos puxados a burros) de não respeitar seu itinerário aos domingos.

Ou os habitantes da época eram mais preguiçosos... ou tinham outra noção de distância entre duas localidades, que, hoje, consideramos muito, mas muito perto, uma da outra.

É até curioso, porque naquele tempo, andar a pé era muito comum, mesmo distâncias muito grandes. Voltando duzentos a trezentos anos mais, imaginem as distâncias percorridas pelos bandeirantes que adentravam o sertão,,, sem estradas. Sim, eles tinham barcos no Tietê, mas em muitos pontos andavam a pé mesmo.

Enfim,  essa pessoa que escreve o artigo reclama que a rua da Estação é muito longe do Parqie da Luz. A rua da Estação é a atual rua Mauá, do lado de lá da Estação da Luz em relação ao Parque da Luz, que existe até hoje no mesmo local.

Tudo está no mesmo local? Na verdade, não. A Estação da Luz, naquele momento, não era a de hoje, era bem menor e ocupava ( o prédio) uma área bem menor que hoje.

Quem conhece o local, hoje, para ir da rua Mauá ao Parque da Luz, simplesmente passa por dentro da estação, pega a passarela por sobre os trilhos (ao nível da rua, pois ali os trilhos são rebaixados) e sai do outro lado.

Naquela época, tinha de passar por sobre os trilhos, no mesmo nível da rua então. Podia ser, no entanto, que a estação fosse "fechada" (cercada), impedindo a passagem Não creio. As fotografias da época não mostram isso.

Realmente, teria sido este um artigo escrito por um preguiçoso?

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