segunda-feira, 25 de junho de 2012

ECOLOGIA VERSUS SEGURANÇA

Bem, acabou a Rio + 20. Não que eu tenha acompanhado a fundo. Aliás, só acompanhei mesmo as manchetes de jornais e um ou outro comentário nas rádios e internet. Deu no que todo mundo sabia que ia dar, mas, como o Dr. Gregory House sempre falava, "todo mundo mente". Ou: só os hipócritas se dão bem.

Sim, porque ecologia e dinheiro não se dão bem. Li uma frase ontem que dizia que "os catadores de sucata no Brasil fazem bem mais pela ecologia que a Rio + 20". E é verdade, mas o motivo de um fazer mais e outro menos é o mesmo: dinheiro.

Os catadores não são heróis como se apregoa. Pelo menos, não o são pelo motivo que se apregoa. Eles só catam lixo reciclável porque precisam ganhar dinheiro para viver; apenas e tão somente por isso. Se eles não precisassem do vil metal, certamente não iriam catar lixo. Eles são heróis, sim, por conseguirem sobreviver com o que ganham procurando e vendendo latinhas de alumínio.

Já a Rio + 20 teve algum orçamento monstruoso para reunir tanta gente importante num só lugar e promover eventos e festinhas por ali, mas o que menos os interessava era salvar o planeta. Mais ou menos como os supermercados paulistas, que dizem que querem trabalhar pela ecologia, mas o que querem mesmo é economizar dinheiro não comprando saquinhos para distribuir a seus fregueses e muito menos pagar salários de fome aos embaladores de compras que ficavam no caixa, sumariamente demitidos. E não salvam o planeta, porque o consumidor lesado e sem poder fazer grande coisa vai ter de comprar saquinhos tão poluentes quanto os outros para colocar seu lixo para o lixeiro levar, em vez de usar os saquinhos do supermercado.

Em resumo: ecologia não dá lucro para ninguém. Tudo feito de modo ecológico é mais caro e, muitas vezes, apressam o fim de espécies. Não sou contra ecologia. Sou mesmo é contra o desperdício. Nunca desperdicei nada. Não jogo papel e lixo em lugares que não sejam uma lata de lixo. Ensinei meus filhos a fazerem o mesmo. Detesto objetos de plástico, só uso os que não tem jeito mesmo. E por aí afora. O plástico tirou a beleza e a graça dos objetos, mas só o fez porque é mais barato do que o resto.

Enquanto isso, temos de ler nos jornais absurdos piores e ficarmos também sem poder fazer nada quando pessoas matam bandidos que invadem sua casa - para assaltá-lo e talvez matá-lo - para se proteger. O delegado o prende - você, não o bandido - e diz que você abusou de seu poder, que deu mais tiros do que devia, e com palavras arrogantes o enfia numa cela cheia de bandidos estupradores e outros quejandos. O atirador somente é libertado no dia seguinte com a presença de um advogado.

Não vi nenhuma entidade de direitos humanos protestando contra a prisão do dono da casa, que teve de salvar a sua esposa, atirada ao chão, deitada e sob a mira de um revólver de um bandido. É isso que queremos da vida? Discutir ecologia ou discutir a segurança de sua vida? Como disse o sujeito que foi para a cadeia, pois deu cinco tiros e matou o invasor em sua cozinha, "ora, esse delegado acha que eu fico contando os tiros que eu dou para salvar a minha vida e a de minha esposa? O bandido por acaso ia contar os dele?"

Como discutimos bobagens, hoje em dia. O que nos é importante, como ter bons governos, não ter a corrupção sobre nós, viver decentemente e ter segurança é substituído por coisas estúpidas, como discutir direitos humanos para bandidos e se saquinhos plásticos poluem os rios e as bocas de lobo. Ora, dê educação para seus filhos, que eles não jogarão isso nas ruas!

Por falar nisso, o que significa, mesmo educação? Será o cação que o Edu pescou?

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