segunda-feira, 22 de agosto de 2011

WALDIR RUEDA

Morreu na manhã deste domingo, na UTI da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Santos, o professor, historiador e pesquisador Waldir Rueda Martins. Ele tinha 44 anos e foi vítima de insuficiência respiratória decorrente de uma pneumonia aguda. Era considerado um dos maiores conhecedores e defensores da História do Litoral Paulista.

Rueda deu entrada no hospital na manhã de sábado, com fortes dores no peito, falta de ar e pressão baixa. A suspeita inicial era a de que se tratava de um infarto, mas logo a equipe médica concluiu que os sintomas eram decorrentes de uma pneumonia. Amigos ainda se lembram de que ele teve um câncer de pulmão há nove anos.

Nascido em São Paulo, no dia 18 de dezembro de 1966, Rueda também era professor da rede estadual de ensino e autor do livro Braz Cubas - Homenagem a uma Vida, lançado em 2008.

Recentemente, ele havia concluído a produção de uma segunda obra literária, sobre a história dos bondes de Santos (que estava em processo de captação de recursos para ser lançada). Também atuava como coordenador de pesquisa histórica da revista Almanaque de Santos, vinculada ao Instituto Histórico e Geográfico de Santos (editada pelo jornalista Sergio Willians).

Apesar de paulistano, foi na Baixada Santista que Waldir Rueda morou praticamente toda a vida. Mudou-se para Praia Grande aos 7 anos de idade e, ainda moço, começou a mostrar dedicação à causa histórica. Aos 20, ele já era membro do Museu Histórico e Geográfico de São Vicente, onde foi diretor do Departamento de Taxidermia e diretor da Biblioteca.

O interesse pelas coisas do passado, contudo, já vinha bem antes disso. Desde menino, colecionava moedas, caixa de fósforos, figurinhas, carrinhos, telhas de casas demolidas, azulejos – enfim, tudo que, de alguma forma, tivesse um valor histórico.

Nos momentos de lazer, era ao violino que ele recorria. Esse era o passatempo favorito de Waldir Rueda, que (para surpresa de muitos) também foi músico da Sinfônica de Santos e do Conjunto de Câmara dirigido pela professora e violinista Marina Agapito.

A vida acadêmica, porém, veio tardiamente, em meados dos anos 2000, quando ingressou na Faculdade de História da Universidade Católica de Santos. Foi lá que ele começou a atuar com pesquisa científica e, a partir dali, deu início a vários processos de tombamento de bens móveis e imóveis. A tarefa lhe rendeu grande notoriedade na imprensa, não só em âmbito regional, como nacional.

Prova disso foi sua participação, em 2008, no Programa do Jô, na Rede Globo, onde falou sobre o tombamento dos trólebus de Santos e sobre os bondes, tendo grande repercussão em todo País.

Ainda na esfera acadêmica,Rueda chegou a iniciar um curso de mestrado em Arqueologia na Universidade de São Paulo (USP), que tinha intenção de retomar este ano.

NOTA: O texto acima foi resumido do jornal A TRIBUNA de Santos e escrito por Alessio Venturelli e Daniela Paulino.

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