terça-feira, 12 de outubro de 2010

RESTOS DOS CAMPOS

Entre o campo e os cavalos, o rio Tietê - que não pode ser visto.

Hoje saí a pé para andar aqui perto de casa. Com 15 minutos de caminhada, fui parar no rio Tietê. Nada de novo nisso - em linha reta, estou a 500 metros dele. Só que, para chegar nele, tanto a pé quanto de carro, há voltas e mais voltas. No caminho, passei pela reserva ecológica da Ilha do Bacuri, feita sobre um trecho original do rio em forma de U, na foz do córrego do Barreiro, e hoje não mais parte do curso normal do Tietê.

Um pouco mais adiante, cheguei ao rio propriamente dito. Lá estava ele, com cara de rio de interior, se não fossem, dependendo de que ponto se olha, umas casinhas ao fundo ou um galpão industrial no morro ao alto. Sujo, imundo e sem estar em seu canal original - o rio, ali, foi retificado nos anos 1970 - ainda se parece com um calmo rio a 500 quilômetros de São Paulo. Do outro lado do rio, não é mais Santana de Parnaíba - ainda é Barueri, naquele ponto.

Dá também para ver na outra margem a foz de um outro córrego, o córrego da Cachoeira, que é mais facilmente visto em uma cachoeira de pedras para quem passa pela Estrada dos Romeiros vindo de Parnaíba e pouco antes da Cruz Preta - isso, para quem tem interesse e tempo de olhar sem se distrair e bater o carro. Aliás, a Prefeitura de Barueri parece estar recuperando as margens desse rio, sobre o qual (ainda) não corre avenida nenhuma. É curto, mas bonito... fora a sujeira, pneus, etc.


Logo depois, voltei para casa e tive de sair para comprar algumas coisas. É feriado mesmo, pouco trânsito, fui do outro lado do rio, em Barueri. Aproveitei e dei uma olhada do outro lado do rio em relação a onde eu estava pela manhã. A visão foi interessante. Do lado de cá, um campo de futebol, uma ruazinha que terminava numa pequena mata e, do outro lado do Tietê, os prédios que (infelizmente) estão sendo construídos entre o rio e o Alphaville 4, este em Santana de Parnaíba. Cavalos pastam no campo e os prédios imensos do outro lado mostram a diferença de duas vidas. Há cinquenta anos atrás, os dois lados seriam mais ou menos iguais. Aliás, na foto, o rio não dá para ser visto.

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