terça-feira, 14 de julho de 2009

A ARTE DA SUJEIRA

Ontem o jornal O Estado de S. Paulo – do qual sou assinante, apesar de tudo – me surpreendeu uma vez mais negativamente. Eis que ele publica uma notícia no caderno Metrópole de nome “Francês enche muros de SP de grafites internacionais”. E elogia o sujeito. Um subtítulo na matéria tem o nome “Cidade é referencia no grafite mundial”.

Que bom. Sujeira agora é arte e o melhor (será que ainda é?) jornal de São Paulo apoia. Por que esse francês não vai sujar os muros das cidades da França? As fotografias publicadas ontem mostram bem o nível de porcaria que emporcalha nossas paredes e muros.

Grafite é arte? Só se for nos muros dos outros, e de preferência, bem longe de onde moro ou trabalho. Na minha casa, grafite é sujeira mesmo. A diferença entre eu e o “Estado” é que, para mim, grafite é sujeira mesmo em qualquer muro ou parede, em qualquer lugar. Para eles, parece que é mesmo na cidade, longe da casa de seus diretores.

Não sei, não... do jeito que a coisa vai, parece que até na casa dos diretores eles vão aturar. Desde que seja de um francês que traz sujeira de fora do país para colar nos nossos muros.

E assim a cidade vai ficando mais e mais feia. Não tem fotografia hoje. Não quero sujeira na minha página de blog.

Um comentário:

  1. Caro Sr. Ralph. O Sr. provavelmente ficou sabendo que em nosso país existem "empresários" que, a pretexto de realizar "reciclagem", importam containeres abarrotados de: fraldas e absorventes higiênicos, material hospitalar, pneus, tudo usado? Tá explicado porque até a Família Mesquita considera o grafite uma arte.

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